Sob o tema “A Semana de Arte Moderna e o seu Impacto na Cultura Brasileira” a Academia Maranhense de Cultura Jurídica Social e Política e a SVT Faculdade realizaram dia 15 de fevereiro, às 17h, um seminário, no formato híbrido, para analisar os 100 anos da Semana de 22, com uma palestra, seguida de debates, ministrada pelo professor e acadêmico Rossini Corrêa. Foi o primeiro evento acadêmico, em São Luís, sobre o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
O Seminário foi aberto pelo professor Sergio Tamer, presidente em exercício da Academia Maranhense de Cultura Jurídica, Social e Política-AMCJSP e reitor da SVT Faculdade, o qual destacou o pioneirismo do evento no cenário local. O professor Jhonatan Almada, diretor e sócio fundador da Academia, fez a mediação do seminário, o qual contou com participantes do Brasil e do exterior. Para Jhonatan, “Rossini fez verdadeiro passeio histórico, político, artístico e cultural na sua palestra”. Ao afirmar que o projeto da Semana de Arte Moderna representou, na verdade, “a chegada tardia de uma modernidade que já vigorava na Europa” – Rossini acentuou que esse fato apenas reiterou uma das marcas de nossa cultura, “a importação e a imitação”. Há ainda – disse – “a necessidade latente do Brasil produzir sua própria Filosofia da Arte”. Graça Aranha, Coelho Neto, Viriato Corrêa, Sousândrade e Franklin de Oliveira são alguns dos maranhenses citados nas diferentes fases do modernismo à brasileira.
“Foi uma incursão crítica pelos caminhos da história, da literatura, da política, da cultura e das artes. E nós gostaríamos que essa viagem intelectual permanecesse por mais tempo para deleite de todos nós” – afirmou o diretor-geral da SVT Faculdade, professor Sergio Tamer, ao final da palestra do professor Rossini Corrêa.
Apontada como marco zero do modernismo no Brasil, a Semana de Arte Moderna comemora seu centenário este mês e, para o professor e jurista Sergio Tamer, “o evento agora realizado foi uma oportunidade para se rediscutir a importância histórica daquele episódio – realizado no Theatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, por artistas e intelectuais da elite paulistana que defendiam estar rompendo com o conservadorismo das artes no Brasil”. E ninguém melhor que o professor Rossini Corrêa, entre nós, para realizar, de forma magistral, essa discussão – arrematou.
Quem é Rossini Corrêa: JOSÉ ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORRÊA é advogado, formado pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Possui Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Direito, além de mais de 20 Doutoramentos Honorários. Foi Advogado da Secretaria de Planejamento do Estado do Maranhão; Assessor Jurídico do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente no Distrito Federal – CDCA/DF; Chefe do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas de Natureza Cultural – CNPJNC/MINC; Coordenador Nacional da Lei Sarney – MINC; Coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário UniEURO; Assessor Especial do Governador de Pernambuco; Secretário da Educação e Cultura de Jaboatão dos Guararapes e Assessor do Centro Universitário de Goiás – Uni-Anhanguera. ROSSINI CORRÊA é Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB), com pós-doutorado em Direito Internacional pela American World University. Ele é considerado, pela crítica especializada, como um dos mais destacados intelectuais que o Maranhão produziu para o Brasil. Detentor de uma vasta obra, possui mais de 35 livros publicados, transitando pela prosa, ficção, poesia, sociologia, história, política e direito. Recentemente lançou três livros: “José Américo, o escritor modernista”; “Direito e Política: presença do Maranhão no itinerário da sociedade brasileira” e “Duas vezes Gonçalves Dias: sempre”, todos publicados pela Editora da OAB.