A SEGUIR, ENTREVISTA COM A COORDENADORA INTERNACIONAL DOS MESTRADOS, PROFESSORA DOUTORA MÓNICA MARTÍNEZ.
“O Mestrado em Direito é um curso de sucesso da universidade. A relação estreita com Sociedades de Advogados e profissionais de referência e um conjunto de unidades curriculares opcionais que permitem ajustar a especialização, são alguns dos seus fatores diferenciadores, segundo a coordenadora do curso Mónica Martinez de Campos.”
A professora e doutora em Direito, Mónica Romano Campos, que veio ao Maranhão no dia 18 de fevereiro, à convite do CECGP – Centro de Estudos Constitucionais para proferir uma palestra por ocasião da instalação da Especialização em Direito Público conducente ao Mestrado na Universidade Portucalense. O evento,que teve lugar no auditório da OAB e contou com a presença de professores e alunos daquele curso, foi muito prestigiado pela classe jurídica do Estado. A seguir, a entrevista com a professora Mónica Campos:
O Mestrado em Direito é um curso de referência da universidade. No seu entender, quais são os principais fatores críticos de sucesso?
São vários os fatores de sucesso. Começaria por destacar o corpo docente que assegura as aulas e a orientação das dissertações de mestrado. São todos professores doutorados com uma larga experiência académica e profissional, nas áreas de especialização do mestrado, e empenham-se em estimular a criação de hábitos de pesquisa e de análise crítica da legislação, da doutrina e da jurisprudência, incentivando a aplicação dos conhecimentos a situações práticas e dotando os estudantes dos instrumentos fundamentais à atividade de investigação e inovação.
É claro que isto só é possível porque as turmas são constituídas por um número reduzido de estudantes, o que permite uma grande proximidade entre o docente e o discente, contribuindo para um debate contínuo e aprofundado dos temas lecionados. O sistema de avaliação do 1º ano do mestrado também tem sido apontado pelos estudantes como um fator diferenciador, tal como o plano de estudos. No plano de estudos do mestrado, em todas as especializações, existem unidades curriculares opcionais que permitem aos estudantes selecionar algumas disciplinas de acordo com o seu projeto pessoal de formação. Por exemplo, este ano letivo, houve alguns alunos inscritos na especialização em Ciências Jurídico-Empresariais que escolheram unidades curriculares da especialização em Ciências Jurídico-Processuais por considerarem que dessa forma se preparavam melhor para os exames da Ordem dos Advogados. Ainda poderia acrescentar mais fatores de sucesso, como o Instituto Jurídico Portucalense, onde os estudantes de mestrado estão integrados; a Revista Jurídica Portucalense onde, durante a frequência do mestrado como depois da atribuição do grau de mestre, os estudantes têm publicado alguns dos seus trabalhos, depois de avaliados e aprovados por membros do Comité de Arbitragem Científica.
Um dos traços distintivos da formação é a estreita colaboração com o mercado de trabalho. Quais têm sido as linhas orientadoras no desenvolvimento desta estratégia? – Temos desenvolvido parcerias com sociedades de advogados e contamos hoje com a colaboração de várias sociedades de advogados e outros profissionais de reconhecido mérito, privilegiando desta forma o diálogo teórico-prático e fazendo a ponte entre a universidade e o mercado de trabalho. O que tem sido uma mais-valia para os estudantes. Este ano letivo foram organizados seminários sobre vários temas de interesse para os alunos.
Qual o “feedback” que tem recebido do curso por parte de alunos e profissionais? – Tem sido muito positivo, de tal modo que este ano foi criado entre o Departamento de Direito e a Sociedade de Advogados Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados um prémio que visa distinguir, anualmente, a melhor dissertação de Mestrado em Direito.
Esta edição apresentará algumas novidades? Neste momento, o que posso adiantar é que serão atribuídas duas bolsas de investigação a alunos inscritos na parte curricular, desde que apresentem um currículo científico acima da média, e vai ser implementado o referido prémio do mestrado em direito, o "Prémio Jurídico Portucalense/Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados".
A seu ver, esta formação é essencial para…? Para aprofundar competências adquiridas anteriormente, atualizar conhecimentos em áreas onde se verificam constantemente importantes alterações e permitir ao estudante o enriquecimento curricular necessário ao ingresso em profissões forenses e académicas. É por estas razões que estão inscritos no mestrado recém-licenciados, mas também juízes, advogados, administradores de empresas, procuradores, entre outros profissionais.
Por que escolher este curso? A vida profissional exige um conhecimento cada vez mais aprofundado e a procura do mercado de trabalho faz-se cada vez mais em função de um saber especializado. Ora, o curso de Mestrado é a porta para essa especialização sendo por isso uma mais-valia indiscutível na competitividade do mundo do trabalho. Mas é também o caminho para aqueles que procuram uma continuidade na sua formação e, nessa medida, é uma mais-valia para uma sólida formação e renovação académica. O curso conta também com um conjunto de seminários, realizados por prestigiados profissionais das sociedades de advogados parceiras do Departamento de Direito, o que introduz uma dinâmica e pluralidade de visões que enriquece a formação. Por outro lado, o horário pós-laboral permite conciliar a frequência deste curso de 2.º ciclo com o mundo do trabalho.
Para a professora doutora Mónica Martinez de Campos, “o Mestrado em Direito proporciona a continuidade na formação, numa vertente especializada na área das Ciências Jurídico-Empresariais, Ciências Jurídico-Processuais e Ciências Jurídico-Politicas, e tem a duração de quatro semestres. Visa aprofundar os conhecimentos obtidos no 1.º ciclo de estudos, bem como a análise de temas jurídicos mais específicos, constituindo uma resposta séria às novas exigências de um mercado de trabalho aberto ao mundo. A parte letiva permite ao estudante adquirir novos conhecimentos específicos, através da oferta de um conjunto de unidades curriculares obrigatórias e opcionais definidas em cada ano. ”