Publicado em PortugalDigital
Lisboa – A fusão da Portugal Telecom (PT) com a brasileira Oi, que dará origem ao novo grupo CorpCo, prevê que a "holding" PT será extinta, embora a marca PT continue a existir no mercado português.
Um dos pontos do memorando de entendimento relativo à fusão da PT com a Oi, que foi divulgado ao mercado, aponta para a "incorporação da Portugal Telecom pela CorpCo, com a decorrente extinção da Portugal Telecom".
No caso da Oi, embora a empresa brasileira seja também incorporada como subsidiária na CorpCo, ela não será extinta.
A nova "holding" que agrupará os negócios conjuntos da PT e da Oi, e que operará em mercados com 260 milhões de habitantes, a CorpCo, estará listada na Bovespa e na NYSE Euronext. A sede será no Brasil.
"Tendo em vista a elevada notoriedade das marcas comerciais no mercado", refere o memorando, a PT e a Oi irão "garantir a continuidade das marcas comerciais das operações da Oi e da Portugal Telecom nas suas respectivas regiões de actuação".
Conforme já havia sido anunciado ao mercado, a Oi passará por um aumento de capital no valor global de R$ 14,1 bilhões, o que incluirá uma parcela em dinheiro de no mínimo R$ 7 bilhões, mas com um objectivo de R$ 8 bilhões, a que se somará o aumento de capital por incorporação dos activos da PT no valor estimado de R$ 6,1 bilhões.
A operação será acompanhada de perto pelos executivos das duas companhias, sob a coordenação do português Zeinal Bava (presidente da PT Portugal e CEO da Oi), e com a participação de Amílcar Morais Pires, Henrique Granadeiro, José Carneiro da Cunha, Nuno Vasconcellos, Otávio Marques de Azevedo e Pedro Jereissati.
O memorando de entendimento é válido até outubro de 2014, embora a PT e a Oi já tenham dado a indicação de que a fusão deverá ser concretizada ainda no primeiro semestre do próximo ano.