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FHC afirma que presos pelo mensalão querem ‘descumprir Constituição’

Por Marina Dias e Patrícia Brito na Folha de São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez uma crítica à postura dos condenados no processo do mensalão que foram presos na última sexta-feira (15). Sem citar os nomes dos petistas José Dirceu e José Genoino, o tucano afirmou que "a justiça começa a se fazer" e que os condenados "querem descumprir a Constituição" brasileira.

"Hoje vejo que a justiça começa a se fazer e aqueles que foram alcançados por ela tentam transformar a justiça em um instrumento de sua própria história, de uma revolução que não fizeram. Em nome de ideais que não cumpriram, querem descumprir a Constituição que todos juramos", disse o ex-presidente durante evento do PSDB em Poços de Caldas (MG).

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Neste fim de semana, após serem levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Dirceu e Genoino ficaram em regime fechado. Os advogados dos petistas entraram com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o regime semiaberto seja cumprido imediatamente. No caso de Genoino, que sofre de hipertensão e passou mal três vezes desde que se apresentou à Polícia Federal, a defesa pede a prisão domiciliar.

Fernando Henrique fez ainda duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e disse que o PT, ao assumir o Palácio do Planalto, "não soube honrar a confiança que o povo depositou nele". "Transformaram-se em negocistas e, em nome de transformar o Brasil transformaram suas próprias vidas", completou.

ENCONTRO

O PSDB realizou nesta segunda-feira (18), em Poços de Caldas, o encontro partidário "Federação Já, Poços de Caldas +30", com críticas à concentração de receitas na União e em defesa da "autonomia e fortalecimento" de Estados e municípios.

O encontro também fez homenagem aos 30 anos da Declaração de Poços de Caldas, documento assinado pelos então governadores Tancredo Neves (MG) e Franco Montoro (SP), no qual se comprometeram com a campana pelas eleições diretas para presidente.

Participaram do ato os oito governadores tucanos, parlamentares e outros nomes do partido, tendo à frente o senador mineiro Aécio Neves, presidente nacional da sigla e provável candidato à Presidência no próximo ano.