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Centro de Estudos Constitucionais e de Gestão Pública

Jovens retratam em filme os problemas sociais e políticos do Maranhão

Publicado no Blog do Jhon Cutrim no Jornal Pequeno On line

Com uma mistura de ficção e documentário, o filme “Luíses – Solrealismo Maranhense” mostra, sob um olhar crítico, os problemas políticos e sociais da capital.

O filme foi elaborado pelo Éguas Coletivo Audiovisual, grupo formado por treze colaboradores de diferentes naturalidades e profissões que se formou durante o Festival Guarnicê de Cinema.

“No filme, tentamos misturar tudo que percebíamos no dia a dia, como a questão da política local, que é trágica. É para tentar conscientizar as pessoas e para chamá-las para que comecem a falar”, conta o diretor do filme, Lucian Rosa.

Com influências do tropicalismo e surrealismo, o grupo explora os elementos regionais da cultura maranhense. O diretor utilizou o mito da serpente, que cresce adormecida nos subterrâneos da cidade, e faz um paralelo com a mobilização e conscientização popular.

Em “Luíses – Solrealismo Maranhense”, o primeiro longa produzido pelo coletivo, o diretor cortou momentos de ficção, feitos por atores, e inseriu no contexto depoimentos reais de moradores da capital maranhense: um estudante, uma enfermeira, os moradores de rua etc. A intenção era que essas “vozes” denunciassem a corrupção no poder público e o descaso com a região.

“Colocamos que ‘Luíses’ são todos, desde o corrupto até o morador de rua, porque todos estão dentro da cidade, dentro do quadro. Cada personagem inserido tem a função de levar a realidade, não só a de miséria, mas da mágica e da beleza do local”, explica a produtora, Keyciane Martins.

O “Solrealismo” do título também segue essa justificativa. Os jovens misturaram pitadas de surrealismo e tropicalismo, além de elementos da cultura regional maranhense.

Lucian conta que as pessoas que assistem e as que participaram das gravações o agradecem pela oportunidade de terem se sentido tocadas pela causa. “O Estado do Maranhão passa por uma história de oligarquias, o Sarney não é o primeiro, já teve outros. E pelo visto, vai continuar”, opina.

O diretor também destaca a função social que o cinema tem e deve exercer. “Cada um tem uma função social muito importante. Se cada um tentar se transformar e transformar as pessoas, conseguiremos mudar muitas coisas”, diz.

O filme maranhense teve um orçamento curto, de apenas R$ 1.200, arrecado em eventos organizados pelo coletivo.

Integrante da equipe, o mineiro Kenny Mendes veio para o Maranhão estudar artes visuais e, quando conheceu o grupo, viu que o cinema era a porta para se expressar e ajudar o próximo. “A mudança tem de vir das pessoas, porque o governo é o espelho da sociedade. São pequenas ações que geram questionamentos e afloram a sensibilidade das pessoas.”

A produtora do coletivo quer levar o filme para festivais em todo país. “A partir do próximo ano, nossa proposta é fazer oficinas de cinema em comunidades carentes pelo Brasil. Queremos passar nossa experiência para as pessoas, para que elas possam contar sua próprias histórias”, diz Keyciane Martins.

Click no Link ou na imagem para ver o vídeo: http://www.cecgp.com.br/videos/9-jovens-retratam-em-filme-os-problemas-sociais-e-politicos-do-maranhao

Clik para ver o vídeo de Keyci Martins