“Não matam de forma aleatória, escolhem suas vítimas de acordo com sua vitimologia (característica que lhe apetecem). Traumas sofridos quando jovens, os levam a se vingar da sociedade e das pessoas…”
Paulo Tamer é consultor de segurança, advogado e delegado aposentado com mais de 30 anos de experiência, além de colunista da sua área de atuação.
Como sabemos, um assassino em série ou Serial Killer (inglês) é um tipo de criminoso com perfil psicopático, que comete crimes com certa frequência e, com mesmo “modus operandi”, deixa no local do crime sua identidade, o que se chama de assinatura, por agir de forma e maneira idêntica.
Para que se identifique a presença de um serial killer, comumente ocorre só a partir do segundo ou terceiro caso; raramente se identifica um serial killer no primeiro caso.
O FBI (Federal Bureau of Investigation) tem o entendimento que se identifica um serial killer após o terceiro caso, já a enciclopédia britânica entende que essa identificação ocorre a partir do segundo caso.
Não matam de forma aleatória, escolhem suas vítimas de acordo com sua vitimologia (característica que lhe apetecem). Traumas sofridos quando jovens, os levam a se vingar da sociedade e das pessoas.
Quando buscam suas vítimas entram no mundo imaginário relacionado à época ou ao fato que lhe gerou sofrimento, na infância ou adolescência. Quando na prática do ato, ele revive os traumas e sofrimentos vividos.
Como saem do mundo real para o mundo imaginário, passam a transformar o local de crime em assinatura – identidade – marca registrada.
Para escolha de seu alvo ou vítima, inicialmente mantém com a mesma relação de confiança, o que o faz diferente do homicida de oportunidade, ou seja, seduzem suas vítimas.
Para que se entenda o padrão das vítimas de um serial killer, deve ser considerado que como eles saem do mundo real para o imaginário, buscam nelas algum sinal que lhe retorne ao trauma sofrido na infância ou adolescência, sinal este que pode estar relacionado a seu agressor ou a ele mesmo, pois pode praticar o ato (morte) com raiva dele mesmo por não ter reagido a época.
Ao reunir na pessoa (vítima) o sinal ou sinais que lhe acionem a necessidade de agir, o serial killer passa a seduzi-la adquirindo a confiança, no aguardo do momento apropriado para prática do seu ato. Uma vez cometido ato, se dão por satisfeitos, deleitados, porém é uma satisfação passageira, pois voltam a sentir necessidade de atacar, assim, passam a uma nova caça de sua próxima vítima.