EUA manifestam apoio ao governo brasileiro
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o Brasil está seguindo a sua Constituição ao fazer uma "transição de poder" e acrescentou que os Estados Unidos vão trabalhar de forma estreita com o presidente Michel Temer.
Joe Biden, vice-presidente dos EUA
Washington – Em palestra feita, quarta-feira (7), no Banco de Desenvolvimento da América Latina, em Washington, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje (7) que o Brasil está seguindo a sua Constituição ao fazer uma "transição de poder" e acrescentou que os Estados Unidos vão trabalhar de forma estreita com o presidente Michel Temer para ajudar o povo brasileiro a enfrentar os desafios nos "momentos econômicos e políticos difíceis".
Essa foi a primeira manifestação oficial do governo dos Estados Unidos sobre as mudanças políticas no Brasil, desde que o presidente Michel Temer tomou posse em 31 de agosto último. Em um discurso sobre "mudanças políticas substanciais" que estão ocorrendo na América Latina, o vice-presidente dos Estados Unidos mencionou vários países, mas citou primeiramente o caso do Brasil. Segundo Biden, o Brasil "é e continuará sendo um dos associados mais importantes da região".
O vice-presidente disse que os Estados Unidos continuarão a trabalhar para que o hemisfério ocidental seja "o hemisfério mais importante do mundo". Ele lembrou que mais de 50% das exportações norte-americanas são atualmente dirigidas para países do hemisfério ocidental.
Sem citar diretamente o candidado do Partido Republicano, Donald Trump, que propôs – em sua campanha para presidente dos Estados Unidos – a construção de um muro na fronteira norte-americana com o México, Joe Biden disse: "Não podemos construir muros para nos proteger de problemas que não conhecem fronteiras".
A palestra de Joe Biden abriu a 20ª Conferência Anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina, que teve a participação também do Diálogo Interamericano e da Organização dos Estados Americanos. O objetivo do evento é analisar as políticas dos Estados Unidos e da América Latina em favor da integração hemisférica. Participam do evento cerca de 1.600 persquisadores de universidades norte-americanas, representantes de governos e analistas políticos.