Publicado em Portugal Digital da Redação, com agência
Brasília – A Câmara dos Deputados concluiu, na noite de quarta-feira, a votação dos destaques e das emendas que alteram o texto da Medida Provisória 621, que cria o Programa Mais Médicos.
O objetivo do programa é levar médicos para o interior do país e áreas das periferias das grandes cidades onde há falta desses profissionais.
A MP autoriza a contratação de médicos estrangeiros para atuação na atenção básica de saúde e também muda parâmetros da formação em medicina no
Brasil. A MP será agora apreciada pelo Senado.
Nas votações dos destaques e emendas que visavam a alterar o texto aprovado, os deputados aprovaram uma emenda aglutinativa apresentada pelo PSDB para limitar a dispensa de revalidação do diploma do médico estrangeiro aos três primeiros anos do Programa Mais Médicos. O texto aprovado anteriormente previa quatro anos.
A emenda dos tucanos também permite a participação do médico estrangeiro na
prorrogação do programa por mais três anos somente se o profissional integrar
carreira médica especifica. Ela cria, ainda, a carreira nacional de médicos, que
inclui os estrangeiros. O dispositivo precisará ser regulamentado.
Outro destaque aprovado pelos deputados, também do PSDB, excluiu do texto
principal a criação do Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde.
O fórum teria o caráter consultivo com o objetivo de propor diretrizes do setor
e a dimensão de vagas e cursos de medicina no país.
Outra emenda aprovada pelos deputados permite aos profissionais médicos
aposentados a participar do Programa Mais Médicos. A emenda havia sido
apresentada na comissão mista do Congresso pelo senador Vital do Rego (PMDB-PB)
e tinha sido rejeitada pelo relator da matéria, deputado Rogério Carvalho
(PT-SE), por entender que estava garantido no texto a possibilidade dos
aposentados de aderirem ao Mais Médicos.
Todas as outras emendas e destaques apresentados ao texto foram rejeitadas
nas votações que ocorreram na tarde e na noite de ontem. Entre os destaques
rejeitados estão o que pretendia que fosse concedido aos profissionais
brasileiros participantes do programa os direitos trabalhistas da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) e o que queria retirar da MP a atribuição dada ao
Ministério da Saúde de conceder o registro provisório do médico estrangeiro
participante do programa.
O último destaque rejeitado foi apresentado pelo líder do PMDB, deputado
Eduardo Cunha (RJ). O parlamentar tentou incluir na MP do Mais Médicos emenda
para acabar com a exigência do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da profissão de advogado. Todos os partidos recomendaram a rejeição da emenda, exceto o PMDB. Foram 308 votos pela rejeição, 46 pela aprovação e 15 abstenções. Agência Brasil